Atual(idade) incerta 🌙

No post desta semana gostaríamos de debater um tema sério. O filme Moonlight (2016) de Barry Jenkins, inspirou-nos a escrever sobre a atualidade, nomeadamente sobre diversos problemas sociais que estão presentes no nosso quotidiano. Falamos de bullying e intolerância à homossexualidade. 
Fonte: autoria própria

Não é à toa que Moonlight foi premiado com o Óscar de melhor filme e vários outros prémios. De facto, trata-se de uma obra forte e extremamente humana, capaz de nos fazer refletir. O filme retrata a infância e adolescência de um jovem, afro-americano e gay, que cresce num bairro difícil de Miami. O conflito existente entre as personagens, bem como as questões sociais (preconceito, abuso físico, entre outros) são elementos presentes e característicos do estilo fílmico drama. 

O filme exibe três períodos da vida da personagem principal  – infância, adolescência e início da vida adulta. Este mostra o processo de descoberta da identidade da personagem principal bem como as dificuldades que enfrenta. Aos 9 anos, Chiron (ou Little, como era conhecido) vivia com a mãe drogada, que o negligenciava, e já era vítima de bullying por parte de outros rapazes. O silêncio era a sua principal arma e na adolescência o bullying ganha outra dimensão. É também nesta fase que Chiron começa a desvendar a sua orientação sexual, contudo isso desperta-lhe imensas dúvidas e incertezas. Chiron cresce e passa a ser conhecido com Black. É um adulto frio e distante e, em consequência do seu passado, torna-se traficante de drogas.


Fonte: IMDB

O enredo, na nossa opinião, é um drama de grande lirismo e realismo social, e é excelente por nos fazer olhar para a atualidade e para os problemas sociais e pensar sobre eles. A atualidade é marcada por uma sociedade que, com a crescente evolução das TIC e dos transportes, se tornou, de certa forma, mais próxima. Hoje, a informação circula num ápice. Através da internet, qualquer um de nós pode partilhar ideias, pensamentos, costumes, modos de vida, entre outros e sabemos que alguém, do outro lado do mundo e com uma realidade completamente diferente da nossa, terá a oportunidade de estar em contacto com essa informação. Mas se por um lado hoje vivemos numa "aldeia global", estamos mais "evoluídos", informados e abertos a novas realidades, por outro continuamos a assistir à intolerância, ao confronto de ideias e valores. Este é um exemplo de como vivemos numa cultura global, predispostos a viver num mundo marcado pela globalização e, ao mesmo tempo, continuamos a ser influenciados pelo meio onde vivemos, com diferentes hábitos, crenças e tradições.

E vocês? Concordam que existe um paradoxo no que diz respeito à partilha de diferentes realidades versus a intolerância das mesmas? Respondam-nos nos comentários!


Até ao próximo post! Stay tuned!

Joana Faria  🌺  Eduarda Monteiro  🌺  Margarida Bernardo

Comentários

  1. Fiquei curiosa. Tenho de ver o filme em breve. Bom trabalho.

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  2. Vou tentar não perder o filme… Parece-me ser um tema pertinente e atual. O facto de sermos hoje uma "aldeia global" permite-nos infelizmente perceber que os direitos humanos, em particular das mulheres, a ignorância, a ganância, a violência, os abusos e a prepotência ainda povoam o nosso mundo. Há uns anos atrás, antes da referida "globalização" parecia acreditar que, de facto tínhamos "evoluído" e que tínhamos atingido o patamar do respeito pelo ser humano na sua dignidade. Hoje, os meios de comunicação fazem-nos entrar dentro de casa continuamente imagens assustadoras de violência contra o nosso semelhante. É assustador! Temos um desafio enorme pela frente que é criar humanidade!

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